Monday, August 21, 2017

Marc e Mérline: realejo, xadrez e pássaros verdes


Portugal, Porto, à porta do Mercado do Bolhão.


(1. Desenho feito com o dedo em "tablet";

2. O desenho recria a fotografia que acompanha o artigo a seguir citado;

3. «Marc Guillaume, 47 anos, chegou ao Porto há três anos e em pouco tempo causou sensação. Sentado num banco a tocar realejo (que na realidade é um órgão de barbárie) e rodeado de pássaros na entrada de Fernandes Tomás, o francês é como que uma figura mágica de um conto de crianças a dar-nos as boas-vindas, com música e um sorriso, ao fantástico mundo do Mercado do Bolhão.

«(...) No seu país era escultor; cá encarnou a pele de tocador de realejo que se "enquadra muito bem e faz sentido" no cenário do Bolhão. Quando não tem escola, a filha de oito anos costuma acompanhar o pai. E Mérline adora fazer parte do "quadro", vestindo-se a rigor, com um verde agapornis empoleirado no boné e o galo japonês Baltasar ao lado.» - "in" local do Porto do Jornal de Notícias de 2017/08/15, de Tiago Rodrigues Alves, sob o título: «Eles também pertencem à família do Bolhão» («Estão à porta do emblemático edifício, alguns há décadas, e apesar de não serem oficialmente lojistas já são parte do mercado»);

4. A propósito: «Mercado do Bolhão» - Wikipedia; e ainda «Marc» - Foto de António Ramos;

5. «Realejos ou “Orgue de Barbárie” – únicos em Portugal» - «in» Orlandito;

6. Dicionário: a) «Realejo, ou Órgão de Barbárie, é um instrumento móvel que reproduz música de forma mecânica, combinando aspectos técnicos do órgão tradicional, da mecânica e da relojoaria. Ao dar à manivela, o seu mecanismo, de origem artesanal, reproduz o timbre de vários instrumentos e percussão, através de um sistema de cartões perfurados.» - «in» Orlandito; b) Agaporni: pequeno papagaio da América do Sul;

7. Errata: o galo japonês, em baixo, à direita, afinal é bem branco...)

Monday, March 6, 2017

Miguel Torga



(1. Desenho digital feito com o “rato” em Krita (Website oficial): reprodução a partir da fotografia do Autor da autoria de Eduardo Gageiro na capa da obra abaixo citada.

2. «Adolfo Correia da Rocha, conhecido pelo pseudónimo literário de Miguel Torga, nasceu a 12 de Agosto de 1907 em São Martinho da Anta, Trás-os-Montes, e faleceu em Janeiro de 1995.

«Em 1976 foi distinguido com o Grande Prémio Internacional de Poesia das Bienais Internacionais de Knokke-Heist, em 1980 com o Prémio Morgado de Mateus, em 1981 com o Prémio Montaigne (Alemanha), em 1989 com o Prémio Camões e em 1992 com os prémios Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e Figura do Ano da Associação dos Correspondentes da Imprensa Estrangeira.

«De Miguel Torga, a Dom Quixote publicou:

«Poesia Completa; Antologia Poética; Diário (Vols. I a VIII); Diário (Vols. IX a XVI); A criação do Mundo; Bichos; Contos da Montanha; O Senhor Ventura; Contos; Novos Contos da Montanha; Vindima; Teatro; Portugal; Ensaios e Discursos» - Capa do Livro Novos Contos da Montanha, de Miguel Torga, N.º 1 da Colecção Grandes Autores de Língua Portuguesa, Edição Visão (Paço de Arcos) / Publicações Dom Quixote (Lisboa), Selecção JL, 2003.

3. Prefácio do Autor à segunda edição:

«S. Martinho de Anta, Setembro de 1945

«Querido Leitor:

«Escrevo-te da Montanha, do sítio onde medram as raízes deste livro. Vim ver a sepultura do Alma Grande e percorrer a via sacra da Mariana, Encontrei tudo como deixei o ano passado, quando da primeira edição destas aventuras. Apenas vi mais fome, mais ignorância e mais desespero (…) Ora eu sou escritor, como sabes. Poeta, prosador, é na letra redonda que têm descanso as minhas angústias. Mas nem tudo se imprime. Ao lado do soneto ou do romance que a máquina estampa, fica na alma do artista a sua condição de homem gregário (…)».

4. Mais sobre o autor: a) «Miguel Torga» - Wikipedia; b) «Adega Cooperativa de Sabrosa homenageia o escritor Miguel Torga» - Notícias de Vila Real, 2016/08/12.)